07 dezembro, 2012

Indiferença


Quando alguém parte não consigo ficar indiferente.
Seja um familiar próximo. Seja um desconhecido. Um famoso. Um ser humano.
Não sei quanto a vós, mas detesto que na TV explorem a morte de uma maneira tão descarada e desmotiva. Filmar um corpo morto é para mim uma tremenda falta de respeito.
Por si, filmar um indivíduo sem autorização, e passar imagens dele na Comunicação Social, é crime. Porque não o é quando falamos de um corpo morto?
Não gosto. Seja o mendigo que morre ao frio no meio da rua, seja o Papa no Vaticano.
Cada um que morre leva consigo uma história, uma vida. Amigos, familiares...
Quando na rua um carro funerário passa por mim, com um caixão lá dentro, não consigo deixar de pensar, quem irá ali, que histórias teria para contar.
Faz-me imensa confusão estar num cemitério, e assistir a um pequeno funeral onde as únicas pessoas que lá estão são o corpo morto e os responsáveis da funenária (sim, já assisti a isto).
Como alguém morre tão só, que nem no seu último dia nesta terra, vá praticamente sozinho?

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